164 – A INFLAÇÃO Chegou ao JAPÃO. E AGORA?

O Banco do Japão está vendo a inflação aumentar, e isso é um bom sinal para o crescimento econômico. Será mesmo?

Aviso: Este canal fornece conteúdo para fins educacionais e informativos sobre macroeconomia. Não se trata de oferta de qualquer tipo de investimento. Todas as informações fornecidas aqui são baseadas em pesquisas e experiências pessoais e não devem ser interpretadas como aconselhamento financeiro ou de investimento.

youtube.renaudadorno.com
spotify.renaudadorno.com
Twitter/X: @renaudadorno
Instagram: @renaudadorno
TikTok: @renaudadorno

17 Comments

  1. Mais uma análise clara. Gosto do conteúdo e da forma como é narrado. Os temas escolhidos são excelentes. As imagens também são legais e as ondas do som ajudam a criar movimento. Continue. Parabéns!

  2. Renaud !!___ Se nós começa a extrair petroléo la na foz amazonas, nas novas reservas e se torna a 4 maior produtora, não seria algo bom para os EUA a eles depender menos do oriente, um plano extrategico com eles e nós seria algo bom para todos nao Renaud? Ja que eles precionam o BR a diminuir sua aproximidade com a China, isso seria um belo começo não, sou leigo mas ti pode explicar o pq isso não ocorrer? Ate pq o volume que os EUA estão fornecendo para europa depois que a russia os gasodutos foram explodidos aumentaram.

  3. No Japão, em 01/06/2024, caindo parcialmente também os subsídios aos combustíveis que vão inflacionar mais e mais os fretes e os preços…ainda mais com esse juros ultra-baixos (BojXFed). Os anciões ministros japoneses estão ultrapassados e perdidos no buraco que se meteram.

  4. Renald boa noite, gostaria de saber que vantagem o Japão vê em se endividar com mais de 200% do pib deles? Por que tão alto assim? Não tem nenhuma consequência isso não?

  5. O Japão tem investimentos substanciais no exterior, a moeda local mais fraco faz aumentar as receitas provenientes do exterior e consequentemente, faz aumentar as oportunidades de consumo. Por exemplo, o governo japonês estima que a renda nacional bruta do país foi 6% maior do que seu produto interno bruto em julho de 2023, em grande parte devido a um iene barato. Isso indica que os japoneses que recebem mais renda de investimentos estrangeiros agora desfrutam de mais dinheiro, não é à toa que a bolsa de valores no Japão subiu com isso.
    E com uma moeda local mais fraca, está se criando um ambiente moderadamente inflacionário, o que poderá promover um crescimento econômico — o que o falecido economista Arthur Okun e, mais recentemente, os EUA A secretária do Tesouro, Janet Yellen, chamou uma “economia de alta pressão”. Tal economia gera mais oportunidades de emprego e facilita o progresso técnico, em parte garantindo que os recursos sejam alocados de forma rápida e eficiente. Por outro lado, durante uma recessão, as pessoas estão menos dispostas a mudar de emprego ou a inovar.
    A economia do pós-guerra do Japão exemplifica essa dinâmica. A taxa de câmbio do dólar do iene foi originalmente fixada em ¥360 e, mesmo depois de mudar para uma taxa de câmbio flutuante em 1973, permaneceu baixa até meados da década de 1980. Os economistas Dale Jorgenson e Koji Nomura descobriram que, como resultado da relativa fraqueza do iene, o custo médio de produção foi geralmente menor no Japão do que nos EUA durante esse período, tornando mais fácil para as empresas japonesas exportar produtos manufaturados para o resto do mundo. Um iene fraco foi, portanto, um importante catalisador para o milagre econômico do pós-guerra do Japão.
    Mas os parceiros comerciais do Japão, particularmente os EUA, ficaram descontentes e em 1985, representantes dos EUA, Alemanha Ocidental, França e Reino Unido se reuniram no Plaza Hotel em Nova York e pressionaram o Japão pra valorizar a sua moeda, chegando a um acordo para projetar uma depreciação significativa do dólar e levar a um aumento acentuado do iene. Por causa do Acordo de Plaza, os japoneses subitamente tiveram um aumento do seu poder de consumo, o que fez o Japão a entrar num período de super valorização imobiliária que mais tarde provocou uma bolha imobiliária e posteriormente, o estouro da bolha econômica no país, obrigando o governo japonês a socorrer os bancos e se endividar enormemente pra tentar evitar um crash na economia. Por causa dessa situação, o aperto econômico sufocou a produtividade das empresas japoneses.

    Após o colapso da Lehman Brothers em setembro de 2008 nos EUA, o Federal Reserve, juntamente com os bancos centrais do Reino Unido e da Europa, implementou políticas monetárias ultraexpansios. Ao desvalorizar o dólar, isso teve um efeito de contração em parceiros comerciais como o Japão. Infelizmente, o BOJ não afrouxou sua política monetária tanto quanto deveria no rescaldo imediato da crise para neutralizar esse efeito.

    Sob o governador Kuroda Haruhiko, no entanto, e com o forte apoio do então primeiro-ministro Shinzo Abe, o BOJ entrou em uma nova fase de flexibilização monetária sem precedentes em 2013. Esta política conseguiu reviver a economia japonesa: quase 4 milhões de empregos foram adicionados entre o final de 2012 e meados de 2019.

    O segundo choque global do século veio em 2020. Para ajudar a resgatar a economia atingida pela pandemia, os gastos deficitários dos EUA aumentaram para mais de 15% do PIB em 2020 e 12% do PIB em 2021. Embora despesas fiscais substanciais fossem necessárias para o bem-estar dos cidadãos, gastos de tal magnitude alimentaram a inflação doméstica, que atingiu 7% em 2021. Posteriormente, o Conselho da Reserva Federal aumentou as taxas de juros da faixa de 0-0,25% para 5-5,25%. Como resultado, o dólar subiu e o iene se depreciou, o que pode vir como um alívio após um longo período de um iene muito forte, política monetária de contração e expectativas deflacionárias.
    Mas se o ritmo da depreciação for muito rápido, poderá desencadear uma inflação maior que a desejada no Japão, o que deverá fazer com que o BOJ implemente uma política anti-inflacionária usando taxas de juros positivas, em vez de seu controle experimental da curva de rendimento.
    A conferir, aguardemos.

  6. Esta notícia está 100 anos atrasada.
    Japão era o país mais rico do mundo e emprestava dinheiro aos estados unidos.
    Mas sua forte moeda também dificultava a venda de seus produtos ao mercado externo.
    Então, a 100 anos atrás, tiveram a horrível ideia de imprimir dinheiro e o Japão foi de país mais rico para um país em desenvolvimento.

  7. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    se a economia fosse aquecida, não precisariam inflacionar a moeda para obrigar as pessoas a gastarem o que tem .