Como Japão foi de país do futuro para preso ao passado

O Japão tem a fama de ser supermoderno e de ter sido o berço de várias inovações tecnológicas. No entanto, até recentemente, muitos japoneses ainda tinham de usar os obsoletos disquetes para mandar documentos para o governo.

O exemplo é simbólico de como o Japão, que costumava ser visto como o país do futuro, acabou ficando preso no passado.

Neste vídeo, Laís Alegretti, enviada da BBC News Brasil a Tóquio, explica essa idiossincrasia japonesa.

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29 Comments

  1. O que acontece com o Japão é o que acontecerá com a China… se estabilizará como potência financeira mas jamais superará o PIB dos EUA.

  2. O Japão não está "entrando em extinção" – está sendo sangrado pela servidão corporativa e pela ocupação dos EUA. Uma população cada vez menor, sobrecarregada e mal remunerada não é uma crise – é o sistema funcionando como planejado. Veja por que o declínio do Japão não é um acidente.

    A crise de natalidade do Japão não é um mistério. É a consequência pretendida de uma estrutura econômica e política criada para atender às elites corporativas e manter a hegemonia dos EUA. Vamos explicar isso. A taxa de natalidade do Japão caiu para 1,2, muito abaixo da taxa de reposição. As mortes agora superam o número de nascimentos em um milhão por ano. Mais de 30% da população é idosa. A mídia grita extinção, mas a história real é sufocamento econômico.

    Os jovens japoneses não estão evitando o casamento e os filhos por opção. Eles não têm acesso à casa própria, são esmagados por salários estagnados e forçados a uma cultura de trabalho brutal que não deixa tempo ou dinheiro para as famílias. A causa principal? O corporativismo. A economia do Japão não foi construída para seu povo, mas para as megacorporações keiretsu que acumulam riqueza, suprimem salários e exigem total lealdade dos trabalhadores. O resultado? Uma geração sem futuro. O Ocidente culpa as "questões culturais" pelo colapso demográfico do Japão, mas é pura realidade econômica. Quando as pessoas não podem pagar por casas, empregos estáveis ou creches, elas não têm filhos. É a economia, estúpido. Se o Japão quisesse corrigir isso, aumentaria os salários, limitaria os preços dos aluguéis e desmantelaria sua estrutura corporativa viciada em trabalho. Mas não o fará, porque a economia japonesa não foi projetada para atender seus trabalhadores. E não vamos ignorar o elefante geopolítico na sala: O Japão continua sendo o estado fantoche dos EUA mais ocupado do planeta, com mais de 50.000 soldados americanos ainda estacionados lá.

    Ao contrário da Alemanha, que recuperou alguma soberania, o Japão está preso a um status de vassalo permanente. Suas políticas econômicas e de segurança são ditadas por Washington, garantindo que o Japão permaneça dependente e fraco. Qualquer esforço real para reestruturar a economia do Japão – seja por meio de proteções trabalhistas, reindustrialização ou autossuficiência tecnológica – seria visto como uma ameaça pelos EUA.

    A imigração também não salvará o Japão. Ao contrário dos EUA ou da UE, a estrutura social rígida e a homogeneidade étnica do Japão tornam a imigração em massa politicamente impossível. Mesmo que o país aceitasse a imigração, de onde viriam os trabalhadores? O Japão não está se extinguindo – está se tornando um estado vassalo cada vez menor, preso entre uma população que envelhece, a servidão corporativa e uma coleira geopolítica mantida firmemente por Washington. A mídia ocidental finge estar chocada com o declínio do Japão, mas esse sempre foi o plano. Um Japão fraco e dependente é muito bom para os EUA. Não espere uma reforma real – espere uma estagnação gerenciada.

  3. é uma contradição bizarra, tem faz , e parece que nos ministérios tudo parou nos anos 90 , uma burocracia sem tamanho, e brasileiro que trabalharam lá por décadas acabam voltando para o Brasil pedir aposentadoria por aqui para complementar a aposentadoria de la 😅 pois não da para nada e qualquer real que venha é lucro

  4. Os americanos como sempre "influenciando" nações que possam tirar sua hegemonia para baixo. Japão, Brasil, União Soviética. Por isso é tão engraçado ver que o EUA tá perdendo sua hegemonia. Avante China e Brasil! Avante Brics!

  5. Estive no Japão na final do mundial interclubes em que o Corinthians foi campeão, eu achava que o Japão lideraria as tecnologias e a economia mundial. Porém eles pararam no tempo, pelos motivos que a reportagem mostrou e também talvez pelo tradicionalismo exacerbado. Mas hoje entendo que a próxima super potência econômica será a China, onde estive no ano passado, e me surpreendi com o quanto aquele país está se desenvolvendo. Os EUA são um império em declínio e serão ultrapassados pelos chineses.

  6. Com todos esses problemas o Japão ainda é um dos melhores países pra se viver em todos os sentidos, enquanto que os EUA são a maior potência econômica do mundo a décadas e as Cracolândias estão se multiplicando

  7. O Japão respeitou todo o cardápio de política econômica ortodoxa e fez o que os EUA mandou fazer e o resultado é esse,isso deveria dizer alguma coisa a editoria econômica nas redações brasileiras mas não vai,ali perto um outro país mandou a ortodoxia as favas e está engolindo o mundo.

  8. talvez o japão não tenha um problema.
    nem toda tecnologia é necessariamente um avanço civilizacional, alcançaram um estado de bem estar social e isso deveria ser suficiente